quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A carta na manga de Silvio Santos


Os riscos do Photoshop


Passível de processo o que fizeram com o nariz da atriz Carolina Dieckmann na capa da revista "Estilo" deste mês.

Não se trata aqui de querer fazer defesa da dita-cuja, mas de apontar a quantidade de manipulações que a publicação fez no rosto de Carolina, desfigurando sua expressão. Ela está praticamente irreconhecível à primeira vista.

Nem parece ser a mesma mulher que um dia Gisele Bündchen apontou como a mais bonita do mundo...

"Como Escolher o Sexo do Seu Bebê"


Parece brincadeira, mas existe mesmo um livro com esse nome.


Duvida?

http://www.submarino.com.br/produto/1/21329459?franq=102414#A1

Por R$ 19,90!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Perguntinha


Existe algo mais irritante e eliminador de todas as reservas de paciência do que esperar ônibus urbanos em Conselheiro Lafaiete?

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

De trás para frente


Ótimo texto atribuído a Woody Allen (garanto que vale a pena ler!):

"A próxima vida quero-a de trás pra frente. Começar morto de uma vez e depois acordar num lar de idosos, ir-me sentindo melhor a cada dia até ser expulso por estar demasiado saudável. Receber a aposentadoria e começar a trabalhar, recebendo um relógio de ouro logo no primeiro dia. Trabalhar por 40 anos, cada vez mais desenvolto e saudável até ser jovem o suficiente para entrar na faculdade, embebedar-me diariamente e ser bastante promíscuo.

Em seguida estar pronto para o secundário e para o primário, antes de virar criança e só brincar, sem responsabilidades. Aí viro um bebê inocente até nascer. Por fim, passo nove meses flutuando num spa de luxo com aquecimento central, serviço de quarto à disposição e espaço maior dia a dia, e depois - voilà! - desapareço num orgasmo".

sábado, 6 de dezembro de 2008

"Nova novidade"

Da série "pérolas da imprensa lafaietense"...
A mais "nova novidade" da cidade.


Como se não bastasse, ainda sobram outros erros, como as iniciais minúsculas - até nos nomes do anunciante e do município.

  • Fonte: "Folha Livre", 5.12 a 12.12.2008.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

William Bonner e a câmera

Já dizia o jornalista Marcos de Castro, em seu excelente livro "A Imprensa e o Caos na Ortografia - Pequeno Dicionário de Batatadas da Imprensa":

"William Bonner parece ter nascido apresentando um telejornal."

Está aí a prova:

http://www.youtube.com/watch?v=7-hhPyUzctQ

(Jornal Nacional, 17/11/08).

Se fosse qualquer outro apresentador - até mesmo a não menos competente Fátima Bernardes -, teria se atrapalhado todo. Mas o domínio de Bonner é tão grande, que ele sequer desvia o olhar da câmera para contornar a falha.

Entrevistados & entrevistadores

Nesses últimos dias, tive a oportunidade de assistir, após um bom tempo de afastamento, aos programas do Jô e do Amaury Jr., nas noites da nossa tão maltratada TV. A primeira atração, como se sabe, enfrenta uma constante crise de audiência, já que não raro é derrotada no Ibope por filmes da Record ou do SBT. Muitos também já apontam o esgotamento de sua fórmula.

Mas o interessante é ver que, apesar de tudo, o "Programa do Jô" ainda rende alguns bons momentos. Exemplo foi a entrevista com a russa Lola Melnick, que pude ver na sexta-feira, dia 28 de novembro. A presença da bela apresentadora fez com que a atração saísse do comum. Jô foi ágil nas "tiradas", conseguindo interagir com a platéia e a banda, impulsionado pela, digamos, expansividade da moça.

Mais do que isso, foi uma prova de que o programa ainda tem fôlego para cativar o telespectador. Basta que, primeiro, sejam bem escolhidos os entrevistados e, segundo, o apresentador deixe-os falar e, principalmente, se esforce para fugir do "script" e da padronização engessada com a qual invernizou a atração. A entrevista com Lola pode ser vista aqui
e aqui.

Já no caso de Amaury Jr., a mudança mais urgente não deve ser na escolha dos entrevistados, mas, sim, na postura do entrevistador. Haja paciência para agüentar algumas perguntas impróprias, superficiais e até mesmo desrespeitosas que ele cisma em fazer! Na sexta-feira, dia 28, quem sofreu com o despreparo de Amaury foi Elba Ramalho. Embora o apresentador tenha a importunado com algumas idiotices, o resultado final foi positivo, pois a cantora falou o tempo todo com muita autenticidade e revelou um espírito que, particularmente, não conhecia.

O mesmo se pode dizer de Cássia Kiss, entrevistada no sábado, dia 29. A atriz também "segurou a peteca" e foi o único bom motivo para continuar sintonizado na emissora de Amaury. Muitas vezes, inclusive, era a própria Cássia - para o bem do telespectador - quem conduzia a entrevista, apresentando toda a sua sensibilidade humana, competência profissional e consciência do envelhecer.

Mais irritante do que a conduta de Amaury Jr., só mesmo a edição do programa, que inseriu sons de aplausos a cada frase de Elba e Cássia. Era óbvio que a platéia não aplaudia toda hora, até porque, em algumas passagens que os editores enfiaram as aborrecedoras palmas, as entrevistadas não estavam soltando nenhuma "pérola" ou "frase tipo lição de vida". Se as equipes não trabalharem pela renovação dos programas, inclusive orientando seus "âncoras", ficará difícil manter o prestígio desses dois "dinossauros" da televisão.

Fica proibido

Só mesmo quem viveu a “tortura” de ficar preso por duas, três, quatro horas no engarrafamento da BR 040, próximo a Itabirito, na sexta-feira, dia 28 de novembro, sabe o quão estressante foi. O incrível é que o acidente que provocou o congestionamento aconteceu por volta das 15h e, por exemplo, quando passei pelo local, já eram quase 21h e não havia sido removido nenhum veículo envolvido na batida.

Eu, que fiquei 2h20 parado, ainda não fui um dos mais prejudicados. Um amigo ficou 4h andando “em ritmo de lesma”. No ônibus em que eu estava, além da já comum inquietação que acomete os passageiros nessas situações de anormalidade, ocorre que a maioria desanda a ligar – para casa ou para os amigos, avisando do atraso ou desmarcando compromissos.

O imprevisto estava até provocando o término de um namoro. Explico, antes de mais nada, que não estava bisbilhotando a vida do rapaz que ligava de dentro do ônibus. Confesso que ouvir conversas alheias em lugares públicos é um de meus passatempos prediletos. Mas, nesse caso, todos que estavam no coletivo intermunicipal escutaram o diálogo. Engraçado até que os passageiros pareceram se calar para acompanhar, atentos, o caso do jovem.

Ele dizia à namorada (de nome Andreza) que havia saído de Governador Valadares e, no caminho, já estava enfrentando o terceiro acidente – sem almoço e nem banho. A moça, pelo jeito, parecia duvidar disso e se recusava a recebê-lo em casa, em Conselheiro Lafaiete, ao passo que o jovem pedia compreensão e compaixão. Não demorou e a mãe da moça entrou na história, pois parece que ela, em Lafaiete, começou a implicar com o atraso do namorado da filha. O “passageiro da agonia” apelou, dizendo que, se dependesse da vontade da mãe, ele e Andreza nunca ficariam juntos.

Antes de desligar, ainda deu tempo de o rapaz dizer que, se a amada não aparecesse no local e hora combinados, poderia esquecê-lo, pois ele nunca mais voltaria lá. É por esses e outros transtornos que os acidentes no trecho entre Belo Horizonte e Conselheiro Lafaiete poderiam ser vetados. Que bom seria ler nos diários oficiais da vida: “Fica proibido, por lei, acontecerem acidentes entre BH e CL, pelo bem dos nervos e das relações humanas”.